Do ateliê às grandes rodas: Curitibana participa do CONTAF e conhece ícone da cerâmica brasileira

Para Maria Angélica Telles, estar no congresso não foi apenas mais uma participação, mas um retorno ao espaço que marcou o início de sua trajetória. “Eu já tinha ido ao CONTAF, quando aconteceu em Curitiba, há alguns anos, mas naquela época eu ainda não imaginava que um dia seria proprietária de um ateliê. Antes, participei como aluna, como entusiasta. Hoje, fui como profissional e empresária da área, com um olhar completamente diferente”.
A artista e proprietária do Almamia, no bairro Mercês da capital paranaense, esteve na última semana em São Paulo para o Congresso Nacional de Técnicas para as Artes do Fogo (CONTAF), um dos mais importantes encontros do setor no Brasil.
O evento reuniu mestres ceramistas, pesquisadores e artesãos de diversas regiões para troca de experiências, apresentação de novas técnicas e debates sobre inovação no segmento, entre eles Miguel de Souza, de Betim (MG), reconhecido por sua trajetória e pelas técnicas desenvolvidas ao longo de décadas. Ele falou sobre o dom de modelar a terra, uma herança de família, neto, filho e irmão de ceramistas.
A vivência reforçou a visão de Maria Angélica sobre a dimensão técnica e científica da cerâmica. “Quando a gente pratica cerâmica artesanal, como um hobby, não imagina o quanto de ciência, estudo, tecnologia e dedicação existe por trás. Essa experiência me deu outro visão do setor, por trás da beleza das peças há muita pesquisa e comprometimento”.
Crédito imagem - Maria Angélica Telles