Dicas de experiências baixo custo para ter com seus filhos no Dia das Crianças

Nem toda lembrança de infância vem de um presente. Às vezes, vem de uma cabana feita com lençóis, de uma contagem de passos pela rua ou de um “leilão” em que o prêmio é um abraço coletivo.
Para a educadora Dayse Campos, da Escola Interpares, é justamente aí, entre o improviso e a invenção, que a infância se mostra mais potente. “Quando o adulto participa, o brincar muda de escala. O tempo vira experiência, e o espaço ao redor vira território de descoberta”, explica.
As sugestões de Dayse partem da simplicidade: fazer um teatro de sombras dentro da cabana montada na sala, inventar um show de talentos com apresentações caseiras, ou organizar um leilão de desenhos, onde os lances são em beijos, colos e risadas.
Na rua, as ideias continuam: contar quantos carros vermelhos passam, descobrir quantos passos tem a quadra ou sair em missões de “exploradores do bairro”, em que o desafio é observar o que normalmente passa despercebido.
Até as tarefas ganham outro tom: arrumar juntos uma prateleira ou preparar massinhas comestíveis com farinha e corante natural. No fim, o que fica é o tempo compartilhado — esse bem raro e, paradoxalmente, gratuito.
“O brincar é um modo de se relacionar com o mundo. Não precisa de roteiro nem de grandes recursos, só de presença e curiosidade”, resume Dayse.
Neste Dia das Crianças, talvez o melhor presente não esteja no embrulho, mas nas pequenas invenções que cabem dentro de casa ou no quintal, na calçada, na esquina.